Por Allisson Mendes
Dando sequência a série de personagens épicas do futebol, trago hoje o eterno ídolo gremista Danrlei de Deus Hinterholz, conhecido apenas por Danrlei. Hoje deputado estadual no Rio Grande do Sul, com 38 anos e já aposentado profissionalmente dos gramados, o ídolo foi responsável por 12 títulos conquistados pelo Grêmio em dez anos de titularidade.
Iniciou sua carreira no próprio Grêmio, em 1987, mas ainda nas categorias de base do clube. Em 1993, ele foi lançado no time principal com apenas 20 anos. Em 1994 deu início a sua coleção de troféus pelo tricolor, venceu a Copa do Brasil do ano e virou destaque nacional. Em 1995 conquistou a Libertadores da América, em 1996 ganhou o Brasileirão, a Recopa Sulamericana e foi convocado para a seleção olímpica, além de 5 campeonatos gaúchos ao longo desses anos e outros títulos.
Em 2004, Danrlei se transferiu para o Fluminense, não demorou muito e mal chegou a jogar. Foi então para o Atlético MG, onde disputou o Brasileirão do ano como titular. Em 2006 recebeu uma proposta e foi contratado pelo Beira-Mar de Portugal, mas sem o esplendor de outros tempos. De 2007 à 2009 Danrlei atuou pelo São José/RS e pelo Brasil de Pelotas.
No dia 12 de dezembro de 2009 aconteceu o jogo de despedida de Danrlei pelo Grêmio. Com grande público, o jogo reuniu os principais personagens do Grêmio da Libertadores de 1995, como: Paulo Nunes, Jardel, Dinho, Adílson Batista, Mazaropi e Tarciso. Em clima de festa foi o último jogo do goleirão no Estádio Olímpico.
Danrlei também marcou época porque tinha um temperamento esquentado. Foi um jogador que participou de diversas cenas de agressão e confusões dentro das quatro linhas. Considerando os exageros, prefiro lembrar de Danrlei como o ídolo e o jogador que representou toda geração anos 90 do Grêmio Fut-Ball Porto Alegrense. Com as marcas do futebol gaúcho, a briga (no bom sentido), a disposição, a técnica de um grande goleiro, Danrlei representa uma leva de jogadores cada vez mais extintos, a dos que vestem a camisa e amam o clube que atua.
Vale a pena lembrar:
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