quinta-feira, 28 de abril de 2011

A Arte em Preto e Branco

Desde seu surgimento a beleza da fotografia em preto e branco desperta fascínio em seus admiradores. Com o surgimento dos filmes coloridos, muito se falou no fim da fotografia P&B, mas felizmente isso não aconteceu. A fotografia em preto e branco se tornou uma opção artística e é muitas vezes vista como raridade. Os filmes P&B atuais têm uma grande gama de tonalidade, superior aos coloridos, o que resulta em fotos muito mais ricas em detalhes, além disso, a falta de cor acaba tornando a imagem registrada mais distante do nosso olhar natural (colorido), o que facilita a busca de um registro além da realidade, ou de uma outra realidade, destacando o sentimento do fotógrafo e revelando muitas vezes o que não percebemos em imagens coloridas. Apesar de toda tecnologia e facilidade para tornar uma fotografia colorida em preto e branca (escala de cinza), o resultado obtido através da edição de imagens nunca será igual ou supeior ao de uma imagem naturalmente registrada em P&B. Gostou? Nos links abaixo você pode conferir diversas fotos em P&B, é só clicar! http://www.smashingmagazine.com/2009/09/09/beautiful-black-and-white-photography-2/ http://www.flickr.com/search/?q=Pernambuco+P%26B&f=hp

Por Carlos Henrique

quarta-feira, 27 de abril de 2011





            Alexis Has Taken Revenge ou popularmente conhecida como AHRT, surgiu em 2009 e já conseguiu um grande palco em Pernambuco, no Brasil e por que não no mundo? Recentemente estava com data marcada para se apresentar em Fortaleza (abertura do show de Rufio, uma banda norte-americana, no dia 02/04), mas deixou notícias no seu myspace dizendo que não irá mais tocar, porém pretende ir em breve, não deixando assim o Ceará na mão. A banda é composta por cinco integrantes, Ícaro no vocal, Dorgi no baixo, David na guitarra e backing vocal, Kadu na outra guitarra e Pedro na bateria. Definida como Metal/Hardcore as duas guitarras caem com muito peso e digitadas, o baixo acompanha firmemente o bumbo de um breakdown, mas sem perder a chance de brincar com as escalas. O vocal assume duas posturas, a melódica e a screamo, mais agressiva e se alterna entre elas durante toda a música. Agora o grande diferencial da banda é o toque eletrônico, inovando e pondo um toque dançante na música. Já lançou na internet algumas músicas, por exemplo, I'd Like Some Coffee, Please! e A Broken Bottle Of Whiskey.





Por Allisson Mendes e Clerrom Moreira


terça-feira, 26 de abril de 2011

Se Liga!

       Pra galera que gosta de literatura e mais ainda de rádio, uma boa notícia: estreou ontem, na Rádio MEC AM, o programa "Contos no Rádio". Todas as segundas, a partir das 20h, um conto da literatura brasileira pode ser curtido. O primeiro foi "O Homem que sabia Javanês", de Lima Barreto. Pra quem perdeu na Rádio MEC, não tem problema, pois a Rádio Nacional do Rio de Janeiro transmite todas as quintas, às 10h.  Os amantes da Radiodramaturgia não podem perder!
Confira aqui um breve histórico sobre o Radioteatro na EBC (Empresa Brasil de Comunicação) e a programação completa dos contos que serão veiculados.


Curtiu? Compartilha com a gente! :)

Por Priscila Xavier

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Resenha - Livro


      Pela apresentação do livro, pode-se esperar uma leitura, no mínimo, interessante. Porém, no decorrer das páginas, esse manual mostra-se extremamente óbvio e enfadonho, apesar de ter sido escrito por dois grandes especialistas em rádio: Heródoto Barbeiro e Paulo Rodolfo de Lima. Para os profissionais que estão inseridos no mercado radiofônico, este livro é totalmente dispensável, pois não traz novidade alguma; já para os estudantes interessados em ingressar no radiojornalismo, pode ter alguma utilidade. Explica conceitos como 'rádio all-news', 'gillete press', ombudsman e traz boas considerações sobre a ética no jornalismo.

Por Priscila Xavier


P.S. Você já leu esse Manual? Compartilha sua opinião com a gente, é só comentar aqui embaixo! :)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Pra você assistir: "A Montanha dos Sete Abutres"


       Dirigido, produzido e roteirizado por Billy Wilder, o filme foi lançado em 1951 nos EUA, sob o título "Ace in the Hole". Sessenta anos depois, a película continua atual, pois a história relatada em “A montanha dos sete abutres” é bastante reflexiva, por tratar de questões essenciais para o jornalismo: a maneira de produzir a notícia, como lidar com a repercussão, manipulação e o sensacionalismo envolvidos no processo. Inspirado pela tragédia real de Floyd Collins -um mineiro morto de forma semelhante à do protagonista Leo Minosa e que teve seu acidente amplamente divulgado na mídia -, Billy Wilder produziu uma obra prima. 
       No início do filme o jornalista Mr. Tatum sai em busca de um novo emprego e chega até Albuquerque, onde se depara com Mr. Boot, jornalista e editor ético, sempre preocupado em dizer a verdade, passar a notícia da forma como realmente ocorreu. Após um ano sem conseguir um furo, Tatum segue com um outro jornalista (Herbie) para cobrir um evento considerado desinteressante para ele. No caminho, porém, acaba descobrindo uma tragédia que lhe renderia o reconhecimento que buscava. A partir daí, o jornalista manipula as informações, escreve artigos sensacionalistas e consegue transformar o sofrimento de Leo Minosa em atração para a sociedade, minando as chances de resgate do “amigo” e controlando toda a situação por ser conveniente para si. Ao longo do filme, é possível perceber como Tatum não se importava em manipular a história e os grupos de poder (como o xerife), para manter o sucesso e poder que alcançara. Em menos de uma semana, a tragédia de Leo Minosa vira atração turística: um circo foi montado, famílias inteiras acampavam no local, artefatos indígenas eram comercializados pela esposa, enquanto os pais de Minosa pareciam ser os únicos em meio à multidão que realmente se preocupavam com a saúde e a vida do filho.
      Um ponto interessante que merece ser ressaltado são os meios utilizados na comunicação e construção das notícias: a fotografia, o teletipo, o rádio e a televisão estavam presentes a todo momento. É importante destacar como esses meios eram eficazes na produção e transmissão dos fatos, oferecendo mais agilidade aos jornalistas, repórteres e levando a notícia de um modo cada vez mais veloz aos leitores/ouvintes. Outra observação cabível nesse cenário é a relação entre mídia, poder e sociedade. Mr. Tatum não tinha ética profissional e não media esforços para ir em busca de um furo ou gerar notícias falsas apenas por sua aspiração ao poder. No decorrer da história, quando Minosa está implorando que levem o padre até ele, pois sente que não há mais salvação e vai morrer naquela caverna, o jornalista parece se compadecer e se arrepender de toda manipulação e coação pela qual foi responsável. Após dias ‘tentando’ salvar Leo Minosa através de uma escavadora, ele decide parar e resgatá-lo da maneira mais simples e segura, porém essa decisão foi tomada muito tarde e o homem falece antes de ser resgatado. Visivelmente abalado (e ferido após um desentendimento com a sra. Minosa), o jornalista tenta dizer a verdade a um editor de Nova York, alegando que Minosa não morreu, fora assassinado. Como não tinha prestígio entre outros jornalistas, Tatum não foi ouvido nesse momento. A partir da morte de Minosa, sua carreira e vida findam. 
      Afinal, até que ponto um jornalista deve ir em busca da notícia? O que é mais importante, passar a informação verdadeira ou lucrar com o sensacionalismo? “A Montanha dos sete abutres” traz reflexões deveras essenciais para os profissionais da comunicação, sendo indispensável para esse público.

Disponível para download aqui.

Por Priscila Xavier

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Cordel do Fogo Encantado

          O grupo pernambucano Cordel do Fogo Encantado, surgiu em 1997 na cidade de Arcoverde, a partir de um grupo teatral que se dispôs a encenar a poesia regional e incorporar aspectos musicais também regionais. O sucesso do espetáculo por todo o estado de Pernambuco foi grande, e o grupo inicialmente formado por  José Paes Lira(Lirinha), Clayton Barros e Emerson Calado, em Arcoverde, ganha, no Recife, mais 2 integrantes: Rafa Almeida e Nego Henrique. Depois de uma apresentação memorável no palco do Festival Rec-Beat no Carnaval do Recife de 1999, o que era uma peça teatral toma outros rumos, torna-se a música o instrumento fundamental do espetáculo, que com rítmos fortes da cultura regional, como o coco, maracatu, e o manguebeat, ganhava palcos do Brasil e se tornava a grande revelação musical brasileira da época. Participou de alguns festivais na França, na Bélgica e na Alemanha, ganhou prêmios e conseguiu fixar-se na história da música popular brasileira em um breve espaço de tempo.

          O som do Cordel é inconfundível. Basicamente tambores e um violão de raiz traduzem todo o lirismo das canções, e a forte presença cênica dos integrantes. A peculiaridade fica por conta da ausencia do baixo na marcação rítmica, apenas o violão e a percussão conseguem marcar bem a música e fazer a linha de baixo.

Discografia:
-Cordel do Fogo Encantado(2001)
-O Palhaço do Circo sem Futuro(2002)
-Transfiguração(2006)


Vale a pena ouvir e ver!
 


                                                                                          Por Allisson Mendes e Clerrom Moreira

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Fotografia analógica x digital

As diferenças entre a fotografia analógica e a fotografia digital vão muito além da simples praticidade ou da qualidade da imagem. Apesar do resultado final para alguns parecer muitas vezes o mesmo, os processos de composição de cada uma delas são completamente distintos, e as diferenças não passam despercebidas pelos mais atentos.
Atualmente, as facilidades da fotografia digital e o baixo custo - tanto de equipamento quanto de revelação – são atrativos para a maioria das pessoas e despertou o interesse de muita gente. Mas os amantes da boa e velha fotografia, o que acham da digitalização? A maioria dos fotógrafos profissional está de olho nas mudanças trazidas pelas tecnologias fotográficas, mas sem deixar de lado a analógica.
Há inclusive quem discorde que a foto digital seja realmente fotografia, já que a palavra 'fotografia' vem do grego φως [fós] ("luz"), e γραφις [grafis] ("estilo", "pincel") ou γραφη grafê, e significa "desenhar com luz e contraste". Escrever com a luz. E escrever, é fazer esta escrita em um papel. Na fotografia digital nem sempre esse processo se concretiza, já que muitas vezes as fotos acabam na tela de um computador ou simplesmente sendo excluídas.
Outro ponto interessante a ser levantado é o termo 'câmera digital', pois as máquinas fotográficas digitais não possuem em seu interior nenhuma câmera escura, como acontece com as analógicas. O processo de captação da imagem se dá de maneira bem diferente.
É importante considerar que a tecnologia da foto digital jamais substituirá a arte da fotografia analógica e bons resultados são possíveis aliando uma à outra. Afinal o que determina uma boa foto não é a câmera e sim quem a fotografa.

Abaixo algumas fotos tiradas pela nossa equipe. E aí, você consegue distinguir quais são as analógicas e quais são as digitais?


Por Carlos Henrique
Fotos: Carlos Henrique, Mariana Sabino e Priscila Xavier

terça-feira, 19 de abril de 2011

Aconteceu na UFPE

        Na última sexta-feira, 15 de abril, amigos da universitária Nanda Mateus promoveram um Ato pela Paz no Lago do Cavouco, mais conhecido pelos estudantes como ‘laguinho’. Além da presença de colegas e familiares, o evento contou com a presença do atual Reitor, Amaro Lins e a mãe do estudante Alcides Lins, outra vítima inocente da violência na cidade do Recife. O ato teve início com a leitura emocionada de uma carta escrita por Lorena Albuquerque e outros amigos de Nanda Mateus. Posteriormente, os presentes foram convidados a discursar, deixar uma mensagem de conforto ou indignação pelo ocorrido. Por fim, o reitor Amaro Lins manifestou, mais uma vez, seu apoio à família e aos amigos de Nanda Mateus, que finalizaram o evento com uma oração e pedidos de paz. Abaixo você pode conferir em áudio alguns trechos do evento: a carta lida pelo estudante Diogo, o discurso do pai de uma aluna, além da opinião do reitor acerca dos últimos acontecimentos. 

  Ato pela Paz - 15.04.2011 by blogtaligado

Por Priscila Xavier

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Resenha - Livro



Em "O que é Dialética", Leandro Konder consegue - em poucas páginas - construir uma obra realmente significativa e abrangente. O autor inicia o livro falando da origem da Dialética e traz nomes conhecidos na filosofia: Aristóteles, Diderot, Rousseau. Passado esse primeiro capítulo, Konder faz um paralelo entre a Dialética e o trabalho, a alienação e traz conceitos fundamentais, como: o que é totalidade, as leis dialéticas, contradição e mediação, a fluidificação dos conceitos, entre outros. Os dois últimos capítulos abordam a importância da Dialética para o indivíduo e a sociedade, trazendo questões bastante reflexivas. Konder recorre a dois filósofos para finalizar sua concepção: "A Dialética - observa o filósofo brasileiro Gerd Bornheim - é 'fundamentalmente conservadora' (...) É , como disse o argentino Carlos Astrada, 'semente de dragões'. Os dragões semeados pela Dialética vão assustar muita gente pelo mundo afora, talvez causem tumulto, mas não são baderneiros inconsequentes; a presença deles na consciência das pessoas é necessária para que não seja esquecida a essência do pensamento dialético".
Uma leitura que vale a pena para todos que têm interesse na dialética - antigamente tida apenas com a arte do diálogo -, hoje concebida como um intrigante processo para entender o que está em movimento no mundo.

Disponível para download aqui.

Por Priscila Xavier

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Mundo Livre S/A

Pra começar a falar de música, reservamos a primeira postagem sobre o tema para tratar de um grupo pernambuquíssimo que fez história na música popular brasileira. Mundo Livre S/A, fundada por Fred Rodrigues Montenegro, já conhecido como "Rato", hoje como "Zero Quatro", trouxe um estilo de música ousado para o cenário musical, misturando, sobretudo o punk-rock à elementos da música pernambucana, com letras pouco poéticas e o cinismo crítico-social estampado.

A banda é formada por quatro integrantes (Fred 04, Fábio, Tony e Marcelo Pianinho) e usa instrumentos como o cavaco, a guitarra, o violão, o baixo, a bateria e a percussão. Tem forte influência do maracatu, rock, samba, hip-hop e balança tudo com toques de música eletrônica. Desde 1984 o grupo lançou sete discos (1994 - Samba Esquema Noise, 1996 - Guentando a Ôia, 1998 - Carnaval Na Obra, 2000 - Por Pouco, 2004 - O Outro Mundo de Manuela Rosário, 2005 – Bebadogroove, 2008 – Combat Samba – E se a gente seqüestrasse o trem das 11?).  Com mais informações deixamos o site da banda: http://www.mundolivresa.com, valeu pessoal, até a próxima!



                                                                                 Por Allisson Mendes e Clerrom Moreira.



terça-feira, 12 de abril de 2011

Resenha - Livro

Leitura recomendada a todos que estudam Fotografia

Em seu último livro, Roland Barthes se propôs a ser um "mediador" da Fotografia, formulando traços fundamentais a partir de "movimentos pessoais", o que resultou em um livro ora subjetivo (pois traz sua visão sobre determinados pontos), ora objetivo (pois oferece nomenclaturas técnicas).

No início da obra, Barthes descreve seu espanto diante das primeiras fotografias e, ao longo do livro, divide com o leitor imagens que julgou belas, intrigantes, mágicas. Em determinado capítulo, classifica a Fotografia em empírica, retórica ou estética, porém afirma que "essa classificação é sem relação com a sua essência". Traz ainda as denominações: Operator (para o fotógrafo), Spectator (para quem vê a foto) e Spectrum (para quem é fotografado). Para ele, a Fotografia consistia em um entrecruzamento de dois processos: um químico e outro físico e cada imagem trazia em si um "Studium" (intenção geral da foto) e um "Punctum" (detalhe que atrai, choca). 

Apesar de levantar aspectos e classificações técnicas, Barthes escreveu um livro essencialmente pessoal, pois: "Eu só me interessava pela Fotografia por 'sentimento'; eu queria aprofundá-la, não como uma questão (um tema), mas como uma ferida: vejo, sinto, portanto noto, olho e penso".

Por Priscila Xavier


P.S. Você aí, já leu esse livro? O que achou? Compartilha com a gente!

segunda-feira, 11 de abril de 2011


Na última quinta-feira, 07 de abril de 2011, a equipe do Blog "Tá Ligado?" foi ao Cinema São Luiz prestigiar a exibição e lançamento do DVD "Programa Casé - o que a gente não inventa, não existe", documentário dirigido por Estevão Ciavatta, que traz uma história riquíssima sobre o comunicador Ademar Casé (avô da apresentadora carioca Regina Casé), mostrando - através dos áudios originais - sua trajetória saindo de Pernambuco ao Rio de Janeiro, onde começou a ter contato com o rádio; seu pioneirismo em criar programas dominicais, lançar grandes nomes da música brasileira; o tino comercial que o levava a fechar grandes negócios e tornar o rádio um veículo popular, abordando até a chegada da TV no Brasil, onde Ademar Casé também se lançou. O documentário é imperdível, especialmente para os estudantes de Comunicação e o público amante da história do rádio brasileiro.

Disponibilizamos o áudio na apresentação de Estevão Ciavatta e o comentário de Regina Casé sobre o filme aqui. A Equipe do "Tá Ligado?" agradece o convite feito pela professora da UFPE Márcia Melo e ao diretor Estevão Ciavatta pela foto cedida.





















Por Priscila Xavier

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