terça-feira, 12 de abril de 2011

Resenha - Livro

Leitura recomendada a todos que estudam Fotografia

Em seu último livro, Roland Barthes se propôs a ser um "mediador" da Fotografia, formulando traços fundamentais a partir de "movimentos pessoais", o que resultou em um livro ora subjetivo (pois traz sua visão sobre determinados pontos), ora objetivo (pois oferece nomenclaturas técnicas).

No início da obra, Barthes descreve seu espanto diante das primeiras fotografias e, ao longo do livro, divide com o leitor imagens que julgou belas, intrigantes, mágicas. Em determinado capítulo, classifica a Fotografia em empírica, retórica ou estética, porém afirma que "essa classificação é sem relação com a sua essência". Traz ainda as denominações: Operator (para o fotógrafo), Spectator (para quem vê a foto) e Spectrum (para quem é fotografado). Para ele, a Fotografia consistia em um entrecruzamento de dois processos: um químico e outro físico e cada imagem trazia em si um "Studium" (intenção geral da foto) e um "Punctum" (detalhe que atrai, choca). 

Apesar de levantar aspectos e classificações técnicas, Barthes escreveu um livro essencialmente pessoal, pois: "Eu só me interessava pela Fotografia por 'sentimento'; eu queria aprofundá-la, não como uma questão (um tema), mas como uma ferida: vejo, sinto, portanto noto, olho e penso".

Por Priscila Xavier


P.S. Você aí, já leu esse livro? O que achou? Compartilha com a gente!

Nenhum comentário:

Este blog é monitorado pelo Google Analytics